Carmen Lucia Pessanha
QUE DOENÇA É ESTA?
(Escrito em 11/12/2016)
Eu me lembro bem de quando em debates com colegas sobre a maneira como o jornal é construído, eu dar ênfase numa questão bem simples, corriqueira: quando o jornal escolhe uma manchete, é porque todas as demais notícias foram deixadas de lado como não merecedoras de tal condição. É escolha ideológica. Não é fruto do acaso.
Aqui também, cada um de nós, mostra de si com suas escolhas. Rabugenta, fico aqui a me intrometer nas falas postas em rede...
Daí a necessidade de dizer que não sei como compreender o fato de uma pessoa, diante da lista de governantes denunciados, agora às claras, sem dar mais para esconder a fantástica e desmedida ladroagem que precede os governos do PT, no dia de hoje escolher como manchete de sua postagem as figuras de Lula e seu filho. Silêncio em relação a todos, pau no nordestino. Pô, até hoje, povo de Deus?
Por que a insistência, meus amigos? Qual o problema de expandir um pouquinho o olhar e falar de Temer e de seus amiguinhos, ministros e amigos, recebedores de propinas as mais milionárias?
Qual é o horror que Lula provoca que faz com que as pessoas não desistam dele?
Cá com meus botões e cismas, especulo que não é Lula o alvo, é o que ele representa, é a contrariedade, o inconformismo pela chance que ele, muito menos do que o necessário, deu àqueles que sempre foram esquecidos pela sorte. O mundo girou sempre contra eles, por que mudar?
O danado conciliou como pôde, não deixou de dar asas aos banqueiros e construtores, mordeu e assoprou como pôde, mas não tem escapatória. Só pelo fato de dar alguma chance para os mais humildes, é o alvo preferencial de inúmeros brasileiros, como merecedor de ataques.
Sinceramente, tendo nomes como todos os que aí estão na lista da Odebrecht, a pessoa deixar de lado todo o bando - e que bando!; e com quais qualificações! - e insistir em falar de Lula, chega a ser ridículo. Parece uma fobia, algo a merecer algo mais do que um simples comentário como este meu. Sei lá, mas parece que o caso é pra especialista. Dou conta, não!
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