TANTO AO MAR E TANTO À TERRA
UMA E OUTRA COISA
UMA E OUTRA COISA
8/7/2015
Tem gente de que eu
gosto muito que tem uma certa aversão a esta nossa forma atual de comunicação
virtual, como se, ao estarmos nos servindo dela, usando e abusando das redes
sociais, houvéssemos perdido nossa autonomia e sucumbido ao sistemão que tanto
nos oprime. Eu não consigo concordar com essa maneira unidirecional de olhar as
coisas. Para mim, isso é um pedaço, um ângulo, uma nesga da verdade... vai na
lógica de quem reparte o mundo em duas fatias que
não se misturam. Ou você é bom, ou é mau; ou é opressor, ou oprimido... ou ou
ou...
Quando a gente intenta ver o mundo e a nós mesmos, vamos dizer
assim, em nossas misturas, por mais cômoda que pudesse ser essa imaginada
matematização da vida, onde pudéssemos segmentar as coisas, ela não dá conta do
que sucede no âmbito do real concreto. Informações como as que aqui circulam – ainda
mais nestes tempos em que a imprensa está pra lá de tendenciosa – e que são tão
ricas, tão amplas, tão ensinantes, são informações que custariam muito mais a
serem disseminadas não fossem nossas trocas virtuais. Aqui eu cresço ampliando
as maneiras de refletir e agir para deixar de me submeter. É o que me parece.
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