sábado, 8 de julho de 2017


TANTO AO MAR E TANTO À TERRA
UMA E OUTRA COISA
8/7/2015

Tem gente de que eu gosto muito que tem uma certa aversão a esta nossa forma atual de comunicação virtual, como se, ao estarmos nos servindo dela, usando e abusando das redes sociais, houvéssemos perdido nossa autonomia e sucumbido ao sistemão que tanto nos oprime. Eu não consigo concordar com essa maneira unidirecional de olhar as coisas. Para mim, isso é um pedaço, um ângulo, uma nesga da verdade... vai na lógica de quem reparte o mundo em duas fatias que não se misturam. Ou você é bom, ou é mau; ou é opressor, ou oprimido... ou ou ou...
Quando a gente intenta ver o mundo e a nós mesmos, vamos dizer assim, em nossas misturas, por mais cômoda que pudesse ser essa imaginada matematização da vida, onde pudéssemos segmentar as coisas, ela não dá conta do que sucede no âmbito do real concreto. Informações como as que aqui circulam – ainda mais nestes tempos em que a imprensa está pra lá de tendenciosa – e que são tão ricas, tão amplas, tão ensinantes, são informações que custariam muito mais a serem disseminadas não fossem nossas trocas virtuais. Aqui eu cresço ampliando as maneiras de refletir e agir para deixar de me submeter. É o que me parece.



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