Aqui há palavras que vão de mim para o mundo, esperando que voltem recriadas, junto a tantas outras, construídas por quem quiser compartilhar este espaço. Entendo ser este um ninho verbal, cujos galhos-palavras podem e devem acolher sentimentos, saberes, expectativas, percursos. O nome? Vem de CARMEAR, “ação de desfazer nós”. Caminhemos, pois. Carmeando.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Tá certo, a gente ri, mas, convenhamos: sem querer ser politicamente correta pelo temor da crítica alheia, muito menos simplista, essa é uma brincadeirinha séria demais. Ela revela que, querendo ou não querendo, a elite dita o que é certo, o que desejável, até o que é necessário. E nós caímos na armadilha. Assim como os rolezinhos se intimidam nos shoppings, nós nos intimidamos na Riviera Francesa. Há os do andar de cima, eles, sim, os modelos, nós, cada qual no seu degrau da escada social, nos sentindo inferiorizados. Depositando o valor no outro, perdemos o foco em nosso próprio valor. Aí tudo que diz respeito a nós fica menor. Tal qual aquela mãe que chegando à escola do filho e vendo que ele estava estudando a história de sua cidade, Campos dos Goytacazes, espantou-se e deixou escapar: "que desperdício, se ainda fosse a história de Paris ou de Nova Iorque... (Estou é uma chata, podem me repreender, só fico pensando pelo avessso. Que mulherzinha enjoada, sô!)
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