sexta-feira, 9 de março de 2018

Risos em alto e bom som
9/03/2015

(Proibido para menores. Filhos, não leiam! Ou, lendo, guardem suas críticas à minha mania de me expor, bla bla bla bla bla bla)

Faz parte da diferença entre as pessoas. Para mim, o humor vem sempre abrindo as portas. Não que eu queira. Ele se apresenta e se instala. Tem uma autonomia fora do normal. Para não ser assim, o assunto tem que ser grave mesmo. Até em dores do coração, o lado engraçado da coisa sai pelas frestas do assoalho do coração partido.

Foi assim hoje na minha segunda aula de alongamento. Quase perdi as forças – das quais necessito com todo o rigor para cumprir os exercícios a serem feitos –, tamanha a vontade de rir. Vejam se não estou coberta de razão: só mesmo numa sala de gente pra lá de gasta, com homens inseridos no mesmo processo de ganhar uma forcinha nas pernas, é possível haver aquele grupo de mulheres de pernas abertas, ao ar, sem que haja, em seguida, nenhuma cena de sexo explícito, e em público. Só mesmo com os hormônios tendo ido passear em outras plagas bem distantes, aquela minha/nossa posição de pernas lançadas ao ar, “abertas até onde der”, em direção ao teto, prontas para alguma ação mais erótica pode deixar os velhos da sala sem reação alguma diante de tamanha provocação. Ou será por isso (penso agora) que fazem exercício com os olhinhos fechados?

Pois é, não bastasse a minha má vontade de colocar o corpo em movimento (para este tipo de sobe e desce, esclareço), ainda tenho o riso querendo explodir do peito para me tirar do sério na hora de cumprir as 30 vezes que a professora ordena, em posição tão, digamos, provocativa. E para me distanciar mais ainda daquele ambiente avesso a meus mais legítimos interesses, ainda vem a moça, a professora, ao me ver fazendo minhas estrepolias com as pernas: “Meu Deus, que flexibilidade vc tem! Que coisa rara! Dá até raiva!” Aí, do riso contido, passo ao riso solto, escancarado e (quase) não resisto: “Pra que, né, companheira? Não há de ser para estas sessões matinais destes inúteis vai pra lá e vem pra cá...” Fala sério!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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