terça-feira, 28 de junho de 2016

UMA COISA PUXA A OUTRA (COMO SEMPRE)

(Escrito em 28/06/2016)


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Esta história de não me conformar com o fato de pessoas de que gosto estarem acreditando que o o PMDB-PSDB é melhor do que o PT e que o vice é melhor do que a Dilma me dá vontade, autoritariamente, de fazer com que acreditem em mim e mudem de opinião, simplesmente por acreditarem em minha opinião. PRONTO! É ISSO MESMO! COMO SOU FALADEIRA, FALEI! E isso me lembra a historinha de dois irmãos, muito próximos. Vamos a ela:

A irmã era muito neurótica, infeliz, sofria a não mais poder e não saía daquele estado deplorável. O irmão, seu confidente, aconselhava, ponderava, voltava a aconselhar, e nada da criatura fazer uma terapia. Ele já tinha feito de tudo, e nada. Um dia, ele não aguentou mais e falou: "Minha irmã, tá certo, você não precisa, você está bem, você não tem nenhum problema, mas vá a um terapeuta. Chega lá e diz: 'eu não tenho nada, mas meu irmão me disse para eu vir conversar com o senhor, e eu vim. Por que será?'"

Então, é isso, comadres e compadres: entre mim e a GLOBO, me ouçam. Para concluir, uma alegoria bem jocosa: acreditem em mim, "eu sou pobre, mas sou limpinha". (risos)
(“Xeu” trabalhar...)



        


Pensamento do dia


Tudo fazer para descobrir o verdadeiro tamanho das coisas

domingo, 26 de junho de 2016

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

(Foto de minha mãe, Ana, na sala de minha casa)
(ESCRITO EM 26 DE JUNHO DE 2014)


Filhos meus, não é para se emocionarem, é apenas para continuarmos juntos, também nesta reflexão. O mundo se move e a ciranda coloca cada qual num certo lugar numa certa hora por um determinado tempo. A gangorra sobe e desce. Juntos, me parece, o movimento fica mais suave. Ou talvez nem seja isso, talvez apenas torne-se mais possível de ser vivido amorosamente.
É que ando com saudade de todos os meus velhos... E vejam que emocionante Anna Rodrigues acaba de me mandar. Impactante, mas verdadeiro.
Limpinho como água de uma boa fonte.
Na minha forma cá e lá de viver e sentir, coloco meu corpo, que naturalmente envelhece, para se entender com minha alma - ora juvenil e inquieta, ora crente que tem respostas - e me emociono inteira ao ler este texto que me vejo compelida a compartilhar com vcs.
"PAIS DE MEUS PAIS
Há uma quebra na história familiar quando as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando os filhos se tornam pais de seus pais.
É quando os pais envelhecem e começam a trotear como se estivessem dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquela mãe que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinha. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquela mãe, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe. É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz. Todos os filhos são pais da morte de seus pais. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete. E feliz do filho que é pai de seus pais antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo Zé acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
- Deixa que eu ajudo.  
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo. Colocou o rosto de seu pai contra seu peito. Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável. Embalou o pai de um lado para o outro. Aninhou o pai. Acalmou o pai. E apenas dizia, sussurrado:
- Estou aqui, estou aqui, pai!
O que os pais querem apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali."

(Publicado no jornal Zero Hora)


VIDA
Céu de Campos, em 2016, do Jardim São Benedito.


 


PERGUNTAS, RESPOSTAS... 

E O RESPONDENTE?

(ESCRITO NA MANHÃ DE 26 DE JUNHO DE 2016)


A vida acaba de colocar uma pergunta crucial diante de mim e eu, fiel à minha tagarelice, posto no Facebook uma série de pontos de interrogação. Uma amiga comenta: "Interrogações lindas, perfeitas... e as respostas..."
O meu comentário aflorou rapidinho: “As respostas sempre chegam, querida amiga. A gente abre o coração, esfrega as mãos e se põe a ajudar na construção do que virá, e elas chegarão, elas sempre chegam. Talvez não exatamente as respostas que queremos, mas sempre será uma resposta. No que depende da gente devemos empilhar tijolo por tijolo, com a melhor de nossas boas vontades para que elas venham como as melhores respostas, as mais pacificadoras, as mais íntegras. Só que além de nossa parte na arte de tecer respostas há o mundo todo, a força maior que a tudo organiza e sobre tudo dispõe, há todo o nosso passado a gerar respostas numa ou em outras tantas direções... As respostas dependem e independem de cada um de nós. 
Façamo-nos perguntadores em relação às perguntas que a vida coloca à nossa frente. Encaremos de frente a pergunta, observemos cada qual de suas pequenas nuances, sua história e seus penduricalhos.. e a resposta ganhará uma dimensão que nos torne capaz de vivê-la.







sábado, 25 de junho de 2016

ESTRANHA NO NINHO


ESTRANHA NO NINHO

(Escrito em junho de 2014)
Desta vez não tem escapatória, Babu, minha querida francesinha amiga – que ainda está por concluir seu belo período de infância – vai desistir de mim de vez, como sua pupila, e sem dó nem piedade. Minha glória de ser a tia Carmita do coração creio que se fez em pedaços. Não é de hoje que em nossas conversas habituais, quando me alegro com sua presença aqui em casa, ela tece “conselhos” e ponderações sobre a necessidade de eu me entregar menos sazonalmente a programas outros que não sejam o meu insaciável gosto por ficar em casa. Certamente são ideias saídas de seu espírito cosmopolita, ela que é filha de pai francês, avó espanhola e que tem alguns parentes brasileiros a lhe dar mais um colorido especial em seu tão singular jeito de linda menina cheia de graça e pendores.
Suas sábias ponderações sempre foram no sentido de que rua, viagens, restaurantes, o "fora de casa" tem riquezas tais que cada um de nós só tem a crescer à medida que se lança ao mundo. Ela e eu, nesse tipo de conversa, vivemos a mais pura inversão de papeis, ela sempre muito mais voltada para coisas do mundo exterior, e eu, certamente saciada por tantas andanças já cumpridas quando mais jovem, hoje adepta do meu conhecido recolhimento, até mesmo por minha opção de viver tão distante, em minha casa cá na estrada.
Por tudo isso, quando Babu souber o que sucedeu ontem comigo vai sentir a inutilidade de suas ponderações. É que, ao me ver cruzar o portão do condomínio, a pé, eu que vim de ônibus do centro da cidade, o porteiro veio em meu encalço para que eu me identificasse, sem me reconhecer como moradora daqui há quase 10 anos. Não vai dar outra: Babuzinha vai supor que eu passar pela portaria é fato tão raro que tal situação se tornou possível de ter acontecido, eu tida e havida como visitante do lugar onde vivo.
Até agora estou boquiaberta. De minha parte, já criei minha defesa e com ela estarei a esperar minha hóspede tão especial em sua próxima vinda por estas bandas de Itaipu. Só posso crer que a pé eu sou tão diferente que, caminhando, o porteiro não viu em mim a mesma Carmen que costuma passar de carro e dar um baita sorriso e um adeusinho para quem está de plantão. Sou caseira de fazer gosto, é verdade, mas não a ponto de me tornar uma ilustre desconhecida em meu território mais que familiar. Pelo menos, era no que acreditava...
Sem dúvida: essa é uma daquelas histórias que só acontecem comigo...e venham me dizer se não é inacreditável.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Aos visitantes do blog
 
Tanta gente passa por aqui, mas ninguém diz nada. Silêncio sepulcral. Via de mão única. Aqui me encolho, uma andorinha só, sem fazer verão, com frio de palavras.

Muita vontade de saber o que você acha, o que pensa, o que sugere. Ou o que quiser dizer.


Há espaço para comentário que deve ser utilizado para isso. Sem problema se não quiser se identificar. Mas teça algum nó desse lado de lá, por menor e mais singelo que seja, para que a rede possa ser tecida.


Eu agradecerei, penhorada.


CarmenCarmeadora
Saudades de receber uma carta de amor como esta


Minha mulher

E como é bom sabê-la MINHA MULHER !!!
E como é gratificante saber-se objeto de preocupações - como vc. faz parte das apreensões que vivo, cá, em relação a seu estar...
ASSIM, não como no folhetim, se escreve o verbo AMAR...
E, de CONFIANÇA vimos, vida toda - necessitados.
CONFIANÇA em que temos caminho a percorrer...
Projetos a realizar...
Sonhos a sonhar...
E JUNTOS....
E SEPARADOS EVENTUALMENTE, MAS UNIDOS...
Mais uma vez me rendo à sua sabença, à sua presença, à sua generosidade, a seu carinho...
VOU À LUTA, sabendo - confiado - da espera e de uma mulher integral.
QUE ATÉ RESGATOU O SORRISO FRANCO, QUE ESCANCARA TODA A BELEZA DE SUA ALMA...
Seu

quarta-feira, 22 de junho de 2016


ATENÇÃO! TEXTO DE OUTRO AUTOR




PRIVAÇÃO DE SENTIDOS
 Mariza Tavares
Sempre achei que isso era artefato jurídico.
Estratégia de réus confessos.
Recheio de tablóides sensacionalistas.
Até beijar você.
DA ORDEM DAS INVISIBILIDADES



(Escrito em junho de 2014  -dias após o meu aniversário)

Uma velha amiga numa sua postagem lembra de uma outra, já falecida, reafirmando o quanto ela está presente em nossas vidas, do que eu não duvido e dou testemunho. E essas calas - caídas, murchas, sem vida – do que dão testemunho? O que há nelas de luz, de vida, de perenidade? O que, no morto, é vida no sentido mais concreto do vivido? O que, no passado, morto e enterrado, há de vida, tal qual erva daninha no meio do canteiro das belas roseiras cultivadas, aparentemente dissipadas, revelando que as chuvinhas ou as borrascas (essa veio das redações do Calomeni!) sempre são capazes de desenterrar o que deixou raízes?

As calas dão vivas à vida! Nelas estão perpetuados todos os mimos que recebi há uma semana, no domingo que já está riscado no calendário.  Cada sorriso, cada brincadeira, cada frase de amor, cada gesto de acolhimento – tudo, tudo, mesmo já sendo passado, está vivinho como a imagem das calas quando vivas, alvas, supreendentes.

Hoje não consegui passar por elas, já em estado de despedida da sala que as acolheu por uns dias, sem louvar tudo que fica após ter sido, não só do domingo mais recente, mas de todos os dias que já viraram passado. Não será isso a eternidade?

Em tudo que está visível, sinto que há o que se esconde, mas vive, mesmo discretamente, como o que vivi nesses dias que, salvo as lágrimas furtivas, de saudade, que me chegaram vez por outra, sob o agasalho da cama - e da rede - "calentitas". Não fossem elas, era como se as calas – e os amores – já tivessem ficado em tempos pretéritos, sem vestígios.

terça-feira, 21 de junho de 2016

CONVERSINHA MAROTA ENTRE DUAS VELHAS AMIGAS

- Tudo bem?  Chegou bem em casa ontem? Estou rindo aqui, queria te ligar desde cedo. Hoje acordei naqueles dias de neurose organizativa intensa e queria te contar. Eu sei que você ri das minhas maluquices, quis te ligar mais cedo, mas dei um tempinho, imaginei que estivesse na missa e esperei... Hoje acordei atacada...
- Que foi, criatura? Qual foi a última? Realmente, eu fui à missa, e na volta estava lá fora, cuidando dos cachorros..., nem iria ouvir se o telefone tocasse...
- Acordei fazendo a cama, naquela base de perfeição de "lisura" da colcha. Lençóis, você sabe, na hora de dobrar, pontinha com pontinha. Simetria total!
- Huum, andou sonhando com o quê?
- Nem me lembro, menina. Tem a ver com sonho, não. De vez em quando, amanheço assim. Faz parte da minha inconstância. Só sei que já joguei muita coisa fora, maquiagens, então, nem se fala... 
O que queria contar para você rir é sobre aquela minha neura de juntar produtos... hoje mudei o foco. Para acabar com todos os restinhos que me irritam, hoje não foi shampoo de tudo quanto é tipo, seja para cabelos secos ou oleosos que eu peguei e juntei, não...
- Virgem Santa! Foi o que, então?
-Hidratantes de mão. Sei lá quantos potinhos, cada um com um restinho? Larga isso! Agonia demais! Acabei com todos, só deixei dois: um para levar na bolsa quando saio, outro na bolsinha com os apetrechos de fazer minhas unhas. Avon, Victoria Secreet, Natura, até um Clinique estão em paz (espero) com suas químicas próprias, num mesmo frasco. Potinhos terminando, todos no lixo. Só um grande, com tudo junto e misturado. Bom demais!
- É, cada qual com sua maluquice. A minha é diferente. Desde que você me indicou aquele hidratante que Marta (Machado) receitou para você, claro que eu não o comprei,  você sabe que custo a gastar comigo. Mas, em compensação, os vários que eu tinha e nunca uso, nem sei se estão vencidos,  espalhei pelos vários cômodos da casa. Quando encontro um no meio do meu caminho, passo nos braços, nas penas, onde der. Um eu levo na bolsa e é um dos mais usados... Hoje mesmo na missa até passei um bocadinho nas mãos. Acho que naquela hora dos abraços, quem estava ao meu, lado deve ter sentido a diferença do meu toque...

- KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
- KKKKKKKKKKKKKKKK

- Nós somos ótimas! (Em uníssono)
O QUE É O CÉU MESMO?

(escrito em abril de 2016
Ah, que inveja eu tenho de quem ou vê preto, ou vê branco; ou julga uma atitude certa ou a julga errada; ou sabe logo, logo, dizer sim – ou não –, diante de um convite ou possibilidade...

Como o assunto me parece complexo, escondo-me de mim mesma e de meu lado que adora um preâmbulo, e vou direto ao ponto, antes que comece a fazer aquelas elucubrações que gastam a metade do texto antes de entrar no assunto propriamente dito. Desta vez, não dá. A coisa é séria  demais e dissemina-se nas conversas e especulações em cada canto deste país. Tudo me parece grave demais!

O que me conclama hoje a pensar e pensar e pensar... e dizer, é o dilema entre DILMA/PT/CORRUPÇÃO, de um lado, e os interesses da direita e do capitalismo internacional, de outro. Esse é o tema. Essa é a conversa. Esse é o drama. O “escândalo da PETROBRAS” é apenas o elemento visível (e que elemento!), mas o determinante é bem outro, bem mais além das nossas águas profundas, e tem a ver com os grandes interesses do atual momento do capitalismo internacional.

Como seria simples acusar um e absolver o outro! Independente de qual seja o lado que se escolha, mas como seria, até mais rápido e menos conflitivo dizer sim a um e dizer não ao outro. Como seria simples anunciar que “O PT é uma quadrilha que se apoderou do aparelho de Estado e todos que o acusam estão carregados de razão”. Ou, de modo similar, como também poderia ser fácil concordar em que “há interesses internacionais em jogo em querer acabar com o pré-sal e em querer dar chance às empresas multinacionais desmoralizando as empresas nacionais, e o PT é vítima do quarto poder, ‘apelido” da imprensa, que representa tais interesses e joga na sua destruição”. Ah, como seria simples endeusar um e demonizar o outro. Como no poema, tb não  seria uma  solução.  E nem ao menos rima.

Mas, assim como a mentira, também esse pender para um ou para o outro lado, sem uma análise mais ampla, tem pernas – e argumentos – curtos... Como essa caolhice nos faz vítimas de uma atitude simplista e enganosa! Fazer pender a varinha de condão da fada boa que escolhe um lado e o eleva aos céus e deixar que a bruxa má jogue o outro no fogo do inferno, é um ledo engano, é de uma parcialidade sem fim, é de uma capenguice total no modo de ver e analisar a vida e suas tramas.

Como seria adequado, simples, até mesmo elegantemente aceito, pender para um lado OU para o outro. Mas, mesmo sabendo que a verdade é uma utopia quase inalcançável, que a luta se faz no sentido de buscá-la, mesmo sabendo-a permanentemente em xeque e em processo, o compromisso com um olhar indagativo diante dos fatos deve ser sempre norteado pelo compromisso com a busca da verdade da/na História ...

Abrir mão do “vício” de duvidar, de questionar, de olhar para os vários ângulos e facetas de uma dada circunstância história é abrir mão do compromisso com a verdade dos fatos e se apegar a uma visão unilateral, parcial, pequena, mais transitória do que o próprio tempo...

Há momentos em que quase rogo por ter de volta o pensamento aprendido na infância, no colo da Igreja que separa o joio do trigo, o céu do inferno, o certo do errado, os bons dos maus, a pureza do pecado. Como seria menos traumático. Mas, isso é tolice, é apenas uma rota de fuga, sem efeito, sem raízes em minha alma de quem quer viver o que tem que ser vivido, sem enganos ou meias verdades... Tendo o questionamento por método, a dúvida por inspiração, a totalidade como jeito de perceber a mim, ao outro, ao mundo, sou forçada a ver cada lado com suas nuances, cada banda com suas incompletudes, cada instância com seus percalços, essas coisas que não nos fazem chegar a um único posicionamento, fechado, sem tonalidades, sem nuances, sem certezas...

Desse modo, pelo que ando lendo e estudando, e conversando, e tornando a ler e a estudar... há uma grandíssima intenção de derrubar os interesses nacionais. Estivesse o inesquecível  Leonel ainda por aqui,  estaria a bradar mais  uma vez contra  as perdas  internacionais... pois bem, mas  isso é um lado. Aliás, o que considero o mais relevante. É o que faz mais brasileiros perderem com o desgaste a que está submetida a PETROBRAS, como símbolo inconteste de nossa voz terceiromundista (Deixe-me falar à moda antiga, que ainda vale neste mar de lágrimas e de desigualdades!).  Decepcionou-me ver que o PT, meu antigo partido, o que iria mudar métodos e costumes de se fazer política, ter-se deixado invadir pelas antigas e tradicionais práticas de “fazer andar” a política, mediante o toma-lá-dá-cá que sempre nos caracterizou... Ah, isso é de matar, isso me dói, isso me envergonha, isso me entristece, isso me deixa politicamente sem pai nem mãe, isso é um golpe mortal para nossos sonhos... Mas, eu não posso me deixar enganar e ver o quanto a continuidade da corrupção em nosso país está servindo a interesses distantes do Partido, interesses totalmente antidemocráticos e que nada mais pretendem do que aprofundar a distância entre pobres e ricos, que, em última instância, é o que define o lado contra o qual devemos pender. Não me importa se o PT, via de regra, fez caixa não para indivíduos enriquecerem, mas para fazer campanha e garantir determinados ideais. Não seria igualando-se aos demais que a luta poderia avançar. Até porque, não duvido de que haja militantes, até por uma ausência de firmeza maior de sua formação, tenham-se deixado levar e entendido que nada era para mudar mesmo... No meu ponto de vista, aliás, estamos vendo os resultados. Todos os poderosos contra. E o povo descrente, vivendo a pior das ilusões – a de que o poder corrompe, independente de qual seja o partido no poder. Isso é o que há de pior! Quando a população voltará a ter esperança? Os fins não justificavam os meios! Não mesmo! Os resultados estão aí.

Isso é um lado: o erro do Partido em ter agido com agiu, aprimorando as práticas de corrupção de antes. Mas, olhar esse ângulo, não nos pode impedir de ver o outro, o do grande capital. Até imagino (Imaginação é comigo mesma!), em banquetes muito bem servidos, em mansões de alto luxo (que aliás, que eu saiba José Genuíno não tem!), quantos brindes têm sido lançados ao ar, em meio a estridentes gargalhadas, pelo erro estratégico do PT e do quanto ele vem servindo aos poderosos e a seus intentos criminosos de fazer permanecer e aprofundar as dores do povo mais sofrido e menos aquinhoado, que, espero, nunca deixe de nos emocionar e de nos colocar a seu lado, em prol de sua humanização e dignidade.

Como sempre, a aparência é apenas uma parte da realidade, o mais está por ela mesma escondido ou disfarçado... Ou, em bom português, no bom popular, que sempre nos ensina: por baixo do angu tem carne. E quanta! E para quão poucos!




segunda-feira, 20 de junho de 2016


CADÊ ROBIN HOOD?
(para não deixar o ódio me tombar por terra)

Escrito em 14/06/2016

Creio ser chegada a hora de convocar o nobre Robin Hood, esteja ele onde estiver. Na imaginação ele pode estar por perto, num lugar onde possa nos ouvir e acudir.

Que ele venha, saído daqueles lindos bosques que atravessava a galope, lindo e charmoso, para nos atender em nossa urgência! Trata-se de intimação inadiável. Sendo ele um justiceiro, não nos vai faltar.

Proponho que ele se invista de seu senso de justiça e roube alguns bens adquiridos pelos larápios que transitam pelo governo do estado, adquiridos com as verbas orçamentárias que deveriam estar em caixa para pagar aos servidores. Troque-os por alguns dinheiros e venha trazer para nós, em baús bem bonitos, como aqueles em que se guardavam tesouros antigos dos piratas.

E como esta mágica ideia está sendo minha, a noite de amor a ser vivida por nosso herói, para comemorar o feito, há de ser comigo, que estarei gloriosa e bela, pronta a deixar as contas que tenho a pagar para o dia seguinte, em função dos prazeres que a noite de sonhos me reserva,

(Na foto, como bem podem ver, estamos ele e eu)
  
 
 
Foto de Carmen Lucia Pessanha. 
 
 
  
 

 

domingo, 19 de junho de 2016


Carmen – objeto de mim mesma

Um dia, brincando, transformei meu nome em verbo e deparei-me com carmear – que o Aurélio define como ação de desfazer os nós de algo ou de alguma coisa. Passado um tempo, nem sei por qual motivo nem em busca de quê, reencontrei essa anotação. Retornei, então ao Aurélio para estudar melhor o assunto. Sempre gosto de começar do começo, do que está posto, do que é, mesmo que ainda com chance de ser superado ou ultrapassado. E os dicionários nos ajudam nisso (Me parece).

Não vivo apregoando o quanto nossas subjetividades são marcadas pelas palavras ouvidas e pelos silêncios que as entremeiam, pela vida afora? Não teimo em tentar construir possibilidades de reflexões para que, junto comigo, uns e outros possam conquistar uma maior lucidez quanto às suas escolhas? Não sou eu quem quer porque quer que haja um amplo reencontro com a capacidade de sermos autores de nossos singulares modos de ler, interpretar, conhecer e interferir (o que também passa por nossas palavras?)

Pois aí é que vem a desilusão... Qual não foi a minha surpresa? Já estava tudo lá. Sim, no Aurélio. Pensava eu estar dirigindo minha própria vida, “sujeito desta grande oração”, tecendo redes, convocando cúmplices, entrelaçando vidas e rememorações... Qual nada! Em meu próprio nome feito verbo, já estava posta a tarefa. Apenas estou sendo atenta ao já disposto pela forma de carmen feita ação e dicionarizada. Foi só seguir a ordem. Sendo ordem do Aurélio, dá pra levar. E sentindo-me honrada, é bom que se diga.


          POTE CHEIO
                                                                                                  Escrito em 27/08/2015

Não, não é de mágoas, não, é de assuntos mesmo. Tantos, que não sei por qual começar. O primeiro assunto, o que chegou, flagrando-me ainda na cama, foi o da vontade de falar dela mesma, da minha cama, da sua maravilhosa acolhida, do quanto é bom ter tempo hoje em dia para dela desfrutar, sem pressa, sem alunos a me aguardar, sem estudos a fazer e a reelaborar, sem discussão política a me pressionar o crânio para encontrar saídas e propostas para a nova direção da Faculdade, para um sistema de avaliação assentado num currículo mais aberto para o Henrique Lage ou para a prefeitura da cidade...
Há muito minha cama merece uma ode à sua silenciosa fidelidade e ao seu conforto certeiro, desde que passei a poder estar mais em sua superfície macia, sem correrias para ir ao encontro da vida lá de fora. Como sou meio dividida em relação a tudo na vida, sempre com um olho no padre, outro na missa (OU É UM NO GATO, OUTRO NO PEIXE?), incapaz de focar num único ponto, mas contumaz perseguidora de focos, ângulos e dimensões do que, em cada situação, está dentro e fora de mim, nem sempre a valorizo como deveria. Não foi nem uma nem duas nem sei lá quantas vezes que, ao invés de entregar-me à preguiça da manhã, deixando-me levar pela leseira da falta de urgências e simplesmente me deixar fica na cama sem tempo para abandoná-la, fiquei me atormentando, me questionando por estar inutilmente posta em sossego sem nada a fazer – com hora certa – pela salvar o mundo em chamas...
Defeito de fabricação, sei disso. O DNA é meio complicado, reconheço. Nem sempre consigo ver o lado cheio do copo, como tantos sábios do bem viver recomendam. Qual nada! Vejo o gato, olhando pro peixe...Tem dias que me sinto "como quem partiu ou morreu". Tenho mesmo é que aproveitar um dia como o de hoje, onde as nuvens da militância incontida ou sei lá que nome dar a esta sensação de desconforto existencial, deram uma trégua, para louvar os novos tempos da aposentadoria relaxante. Prazer de ficar na cama e nada mais. E agradecer à vida por isso. Nada mais mesmo! As tarefas postas na mesa são coisas que podem esperar, nada para ontem, nada para salvar o mundo hoje, já. Na verdade, o mundo não foi salvo. E nem será tão cedo. Dá para aproveitar um pouquinho do berço e simplesmente me deixar ficar. Nunca é demais relembrar, como ideal de vida, o ensinamento que conheci pela fala de Scarlett O’Hara em O VENTO LEVOU: “nisso eu penso depois...” 
Ai, ai...

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ATENÇÃO! INFORMAÇÃO IMPORTANTE!

Em tempos de extremo comprometimento ideológico da imprensa tradicional, é importante recorrermos a outras fontes. Segue uma lista da blogsfera independente.  


1. Marcelo Auler - http://www.marceloauler.com.br/blogosfera/

2. Outras Palavras - http://outraspalavras.net/  

3. A Pública - http://www.apublica.org/ 

4. Le monde diplomatique Brasil - http://www.diplomatique.org.br/ 

5. Brasil 247 - http://www.brasil247.com/ 

6. Revista Fórum – http://www.revistaforum.com.br/ 

7. Brasil Debate - http://brasildebate.com.br/ 

8. O cafezinho - http://www.ocafezinho.com/ 

9. Passa Palavra - http://www.passapalavra.info/ 

10. O Escrevinhador - http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/geral/37912/ 

11. Melhores Links da mídia alternativa -  http://osmelhoreslinksdamidiaalternativa.blogspot.com.br/ 

12. Blog do Sakamoto - http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/ 

13. Balaio do Kotscho – http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/

14. Luis Nassif – Jornal GGN – http://jornalggn.com.br/luisnassif

15. Revista Carta Capital – http://www.cartacapital.com.br/ 

16. Tijolaço – http://www.tijolaco.com.br/blog/

17. Carta Maior – http://www.cartamaior.com.br/

18. Blog Brasil 247 – http://www.brasil247.com/

19. Paulo Moreira Leite – http://paulomoreiraleite.com/

20. Blog Teoria Versus Prática – http://teoriaversuspratica.blogspot.com/

21. Projeto Brasil Nunca Mais – http://dhnet.org.br/memoria/nuncamais/index.htm

22. Memórias Reveladas – http://www.memoriasreveladas.gov.br

23. Carlos Brickmann – http://www.brickmann.com.br/artigos.php

24. Observatório de Imprensa – http://observatoriodaimprensa.com.br/

25. Pragmatismo Político – http://www.pragmatismopolitico.com.br/

26. Diário do Centro do Mundo – http://www.diariodocentrodomundo.com.br

27. Socialista Morena - http://www.socialistamorena.com.br/

28. Conversa afiada - http://www.conversaafiada.com.br/

29. Blog do Miro - http://altamiroborges.blogspot.com.br/

30. Pátria Latina - http://www.patrialatina.com.br/ 

31. Blog do Rovai - http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/

32. Jornalistas livres - http://jornalistaslivres.org/

33. Viomundo - http://www.viomundo.com.br/

34. Vermelho - http://www.vermelho.org.br/

35. Rede Brasil Atual - http://www.redebrasilatual.com.br/

36. Esmael Morais - http://www.esmaelmorais.com.br/

37. Blog da Cidadania - http://www.blogdacidadania.com.br/

38. Partido dos Trabalhadores - http://www.pt.org.br/

39. Geledés - http://www.geledes.org.br/

40. Sul 21 - http://www.sul21.com.br/

41. MST - http://www.mst.org.br/

42. CUT - http://www.cut.org.br/

43. Instituto Lula - http://www.institutolula.org/

44. Portal Brasil - http://www.brasil.gov.br/

45. Brasil da Mudança - http://www.brasildamudanca.com.br/

46. Opera Mundi - http://operamundi.uol.com.br/

47. Claudemir Pereira - https://www.claudemirpereira.com.br/

48. Debate Progressista - http://www.debateprogressista.com.br

49. Esquerda Valente - http://aesquerdavalente.blogspot.com.br/

50. Sputnik News - http://br.sputniknews.com/

51. Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé - http://www.baraodeitarare.org.br/

52. Brasil de Fato - http://www.brasildefato.com.br/

53. A Casa de Vidro - http://acasadevidro.com/

54. O Blod do Demodê - http://grupo-demode.tumblr.com/

55. Plantão Brasil - http://plantaobrasil.net/default.asp

56. Instituto Vladimir Herzog - http://vladimirherzog.org/

57. Instituto João Goulart - http://www.institutojoaogoulart.org.br/

58. Blog do Leão - http://oleaodaesquerda.blogspot.com.br/

59. Jovens de Esquerda - https://jovensdeesquerda.wordpress.com/

60. Imprença – http://www.imprenca.com