domingo, 27 de novembro de 2016

Pra Uzinha
(Escrito em 27/11/2014)

Campos, em uma semana, a segunda vinda. O fim das coisas. O fim das histórias. O fim das pessoas. Este, sim, o que traz a marca do fim derradeiro e corrosivo. As coisas que findam abrem frestas para o que virá. As histórias, por sua vez, quando esgotadas e sugadas até o último caldo, já grosso de tantos resíduos esparramados no fundo da alma, libertam aquele que as sonhou diversas do real. Ah, mas o fim das pessoas amadas, ah, esse, sim, sempre escurece o olhar, recolhe a alegria e deixa dolorido o corpo que pressente tempos de saudade.
Minha irmã, aquiete-se! Desfranza a testa. Durma em paz. Sonhe com todas as boas obras que você espalhou em sua vida. E, sem alarde, até mesmo por sua conhecida timidez. A sua imagem e a sua história são muito maiores do que o seu corpo miúdo que dormitava, cansado, hoje, naquela cama de hospital.
Até amanhã!



Nenhum comentário:

Postar um comentário