sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Educação para tudo ficar como está ou piorar? NÃO!
(Escrito em 21/10/2015)
Não é coisa de esquerdista, não! É me colocar mesmo no lugar de quem chegou, viu e venceu em nossa sociedade. Nem mexo com as classes sociais fundamentais e deixo-as como estão, tudo igualzinho. Mas, rogo por um pouquinho mais de bom senso.
É que ando mais do que preocupada por ver as propagandas de algumas escolas privadas com as quais tenho tomado contato. Uma chama seus candidatos a alunos para correrem para chegarem em primeiro lugar a fim de concorrerem a uma bolsa de estudo; outra, cria uma propaganda no sentido de que quer futuros vencedores, premiados, limpos da sujeira que reina em nossa sociedade.E que essa "eugenia social" vem de sua ação educativa, exclusivamente dela, a escola salvadora da pátria. Esses são só dois exemplos, mas o tom é sempre o mesmo, o da competição desenfreada e de "que vençam os melhores" (acrescento eu: os mesmos, os que já nasceram para serem vencedores).
Não sou ingênua de imaginar que uma escola privada possa ter interesses sociais nem públicos ou universais. Ela está inserida no mercado e quer se vender como a melhor para o futuro sucesso dos jovens meninos e meninas pagantes pelo serviço que oferece. Mas, não estarão eles, sim, os seus responsáveis, ingenuamente postos, analisando que o que está vigente em nossa sociedade está falido? Que a lógica da exclusão e do mérito, do egoísmo e do cada um por si está destruindo o mínimo de convivência entre os mais e menos apaniguados financeiramente? Os próprios "vencedores" não estão ficando aprisionados numa sociedade cruel e violenta?
Caminhar indiferentemente em direção à naturalização da injustiça social, no limite, da barbárie é inadmissível para educadores! Quase fico propensa a entender como menos perniciosa uma educação cristã que, pelo menos, traz o exemplo de uma figura exemplar para os jovens em formação. Se mais tarde eles vão rever e acertar contas com seus conceitos religiosos, será, talvez, melhor, do que serem treinados para verem como natural a desigualdade, sem nem ao menos criarem dentro de si um sentido de generosidade, até mesmo de caridade (que não é desejável, pois vê quem dá numa posição superior à de quem recebe), mas, é a tal questão de graus, como Dorinha Dora Henrique da Costatanto nos ensina: um pouquinho que seja menos ruim já dá uma aliviada na alma.
Grande e iluminado Francisco, sei que você está com prioridades e mais prioridades para atender com seu discurso restaurador, mas, dá uma palinha para este povo que está colocando o lucro acima do Bem Comum, meu grande Mestre! Aqui pelo Brasil a situação está de se lamentar!

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