quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Eu, robô
(Escrito em 6/10/2015)
Quem quiser que acredite. Eu estou em vias de acreditar que o que a Vida, a Natureza, Deus ou qualquer poder constituído, sozinho ou em conluio, determine na agoridade, é que me pega pela mão e me lança em novos rumos sem que haja vestígios de autoria sincera em meus gestos.
Ser acordada pela TV ligada, tatear em torno do corpo em busca do controle perdido, acioná-lo para dar fim ao som indesejável, virar-se mansamente na cama, correr o olhar pela janela que se abre para a brisa doce e na exata medida da boa sensação de aconchego , e descobrir uma Estrela Dalva deste tamanho e exuberância e brilho, vai muito além de minha potência e vontade.
Sou objeto do que está. E como tal, cumpro o que a circunstância me indica como efeito ilusório de que sou protagonista. Ligo a maquineta e fotografo. Quero ver é voltar a dormir diante da força das coisas que me colocam no meu devido lugar.

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