TATUAGEM
24/8/2017
A esperança não esmorece. Às vezes baqueia, quase fica
asfixiada, arroxeada, dando ares de despedida da vida que bem que me esforço
para lhe injetar, mediante meu esforço
diário por não desistir, eu mesma, neste mundo difícil de tragar com todas as
suas mazelas, ampliadas em proporções inimagináveis pela maldade de alguns. Mas
quando vejo num jornal da TV a bela imagem de dezenas de pessoas das mais
variadas tribos, de pescadores a donas de casa, de jovens a gente de mais idade
chorando de emoção por, após inúmeras e exaustivas horas de intenso trabalho,
terem conseguido reencaminhar ao mar – e à vida – uma baleia grandona, com
certeza pesando além de uma tonelada, vejo que a esperança é renitente, é
teimosa, é elemento cravado junto à nossa pele. Esperança que não cessa de nos
fortalecer rumo a um outro mundo, de pessoas mais visceralmente ligadas umas às
outras.
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