sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

COMENTÁRIOS AMANHECIDOS – O PRIMEIRO
23/2/2017


Minha instabilidade é tamanha, que até a foto daqui de frente, a manchete de minha página, a que engana os trouxas sobre o que vem dentro, tem tempo que finda para ficar em exposição. Se ontem, era cara de garotinha com chuca, hoje é cara lavada. Virou o tempo emocional, nova foto. Sou isso que aí está. NEM BATOM! Mas, confesso, porque sou moça honesta: vai nessa, não. Tudo enganação. No ato do impulso ("Chega desta cara, vamos escolher outra") e da escolha de qual foto virá me anunciando, aquilo que parece ser a minha definição para o mundo, logo parecerá um baita equívoco e irá para o final da fila dos álbuns, até ressurgir como nova verdade que mais uma vez morrerá por um novo tempo. Fotos como afirmativas e sensações, mudam e são mudadas.


Como vejo e vê quem quiser, tem jeito, não. Escrevo sobre qualquer coisa. Vou inventando. Pura tática de mulher sabida. O mundo tá esquisito? O amor do coração anda vagueando por aí, burramente sem se dar direito a se entregar a um sentimento que o arrebata e o tira da lógica racional, bobo que só ele? A pia está com pratos, travessas e taças de vinho de ontem à noite para serem higienizadas e repostas em sua condição de virem a servir ao nosso prazer gastronômico um pouco mais tarde? Maya e Noah estão querendo se servir da nova ração que para eles foi comprada ontem à tarde? Que tudo espere! Vou escrever sobre a morte da bezerra. Ou sobre o que me apetecer. E que espere o que tiver que esperar.


Roda tempo, que eu escolho o que fazer com o meu... Tudo pode esperar, menos o meu prazer e a minha decisão de como gozar meu tempo de maneira fiel à foto do dia. Calminha, suavezinha, santinha. Quaquaquaquaquá...


E agora, tudo cessa. Daqui escuto que chegou a água do condomínio, e esta eu não deixo esperar. É ir molhar plantas e o que estiver pela frente, inclusive meu corpo mal dormido, mas cheio de calor e de amor ao que está à porta.


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