A MÃE E SEUS FILHOS
(Pequeno comentário a partir de duas
pequenas fotos)
29/03/2016
Foi só
abrir a janela do quarto para ver o sol que encontrei esta lição: a mais
perfeita intimidade entre a Natureza e o Homem. Raciocinem comigo. A
caramboleira(*) estava ali, dada, disponível, todinha entregue à sua missão de
dar prazer - e alimento - ao companheiro, sim, àquele mesmo que tem o polegar
opositor, que pensa e cria.
O homem,
no caso, um homem simples, também veio e cumpriu sua missão - juntou uma vara
que buscou no quintal, a ela deu uma ponteira de um metal flexível e, pronto,
estava feita a ligação entre ambos, Natureza e Homem. A carambola poderia, por
sua ação, ser vinda às suas mãos e, logo em seguida, ser mordida, fazendo
escorrer pelo canto da boca o líquido sobrante do doce gosto.
O que me
ocorre de imediato?
Inventar,
o Homem sabe e inventa. Falta colocar-se um pouco mais em silêncio e dar vida a
uma sociedade justa e fraterna. Do mesmo modo que a Natureza nos dá seus bens
tão preciosos, a História, a Politica e a Ciência, toda ela, nos dá meios de
fazermos nossa parte em favor da Humanidade, sem a abundância ofender tão
frontalmente a escassez.
Bom dia!
Bom de verdade, sem desistir da vareta, feita por nossas mãos milagreiras que
hão de construir a ampla e sincera humanização. Se não as colocarmos nessa
direção, sinto que não estaremos construindo, em nós mesmos, a nossa
humanidade. A Natureza nos deu a carambola para todos. Estamos devendo a nossa
parte.
(*) A caramboleira mora na casa de Anê
e Cassi (dois grandes amigos).
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