quarta-feira, 29 de março de 2017

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A MÃE E SEUS FILHOS
(Pequeno comentário a partir de duas pequenas fotos)
29/03/2016


Foi só abrir a janela do quarto para ver o sol que encontrei esta lição: a mais perfeita intimidade entre a Natureza e o Homem. Raciocinem comigo. A caramboleira(*) estava ali, dada, disponível, todinha entregue à sua missão de dar prazer - e alimento - ao companheiro, sim, àquele mesmo que tem o polegar opositor, que pensa e cria.
O homem, no caso, um homem simples, também veio e cumpriu sua missão - juntou uma vara que buscou no quintal, a ela deu uma ponteira de um metal flexível e, pronto, estava feita a ligação entre ambos, Natureza e Homem. A carambola poderia, por sua ação, ser vinda às suas mãos e, logo em seguida, ser mordida, fazendo escorrer pelo canto da boca o líquido sobrante do doce gosto.
O que me ocorre de imediato?
Inventar, o Homem sabe e inventa. Falta colocar-se um pouco mais em silêncio e dar vida a uma sociedade justa e fraterna. Do mesmo modo que a Natureza nos dá seus bens tão preciosos, a História, a Politica e a Ciência, toda ela, nos dá meios de fazermos nossa parte em favor da Humanidade, sem a abundância ofender tão frontalmente a escassez.
Bom dia! Bom de verdade, sem desistir da vareta, feita por nossas mãos milagreiras que hão de construir a ampla e sincera humanização. Se não as colocarmos nessa direção, sinto que não estaremos construindo, em nós mesmos, a nossa humanidade. A Natureza nos deu a carambola para todos. Estamos devendo a nossa parte.

(*) A caramboleira mora na casa de Anê e Cassi (dois grandes amigos).

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