quinta-feira, 16 de março de 2017



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TRÊS PEDRINHAS-APOIO ENCONTRADOS NA SAÍDA DO POÇO
16/3/2015
FORMAS DE AMAR?
O cara, conhecido de longa data, cujo contrato matrimonial é daquele tipo tradicional “me sirva sempre em gestos que eu te agrado de vez em quando em palavras” – e lá se vão décadas em que o rito é cumprido à risca, sem desvios –, ao me ouvir dizer, um ano depois de haver encerrado um relacionamento amoroso, que naquela manhã eu estava triste além da conta, de saudade, por força de gratas e intensas recordações, com a maior cara de espanto, deixando evidente como me percebia inadequada, volta-se pra mim e diz: “Ainda?” Lógicas, quanto ao amor e à vida, diametralmente opostas.

APROXIMAÇÕES
Finalzinho da aula, o colega do exercício físico, um senhorzinho com carinha de bom, vira-se para a companheira ao lado e afirma, convicto: “Viu quanta gente querendo dar um jeito no país? São Paulo bombou! Essa bolsa-família é que elege essa tal de Dilma. Isso só forma preguiçoso e tem que acabar!”. Eu permaneci onde estava, fazendo-me de surda. Já faz tempo, quase que na totalidade das vezes, silencio  ante as discordâncias desse tipo. Mas não deixei de ponderar: São Paulo está aqui em Itaipu. Recife em São João da Barra. Jundiaí em Torres. Tal e qual. E as manifestações todas, até a que repudia Paulo Freire, está, um pouquinho que seja, pertinho de nós. Quem sabe, dentro do coração de algum professor. E de alfabetização.

TECLA DE SEMPRE
"Meu território é outro... faço parte da manada que corre para o impossível!" – Lia Luft



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