segunda-feira, 11 de setembro de 2017

LÍNGUA É O PORTUGUÊS!
11/9/2017

Buscando algum tipo de bússola, seja de qual tipo for, para me orientar nestes tempos em que os enredos políticos se tornam quase indecifráveis, lembro-me de um caso sobre o qual sempre ouvi falar e que sempre julguei memorável. É a velha história de um jogador de futebol, de quem não me lembro o nome, que, depois de viajar ao exterior diversas vezes por força de sua atuação profissional, e de ter a maior dificuldade com os idiomas estrangeiros, desabafou: "Língua é o português: sapato é sapato, pente é pente, comida é comida.."

Do que necessito mesmo é de um tipo de lente epistemológica tal qual o idioma almejado pelo nosso tão viajado ídolo futebolístico. Nada mais que isto: um instrumento que esquadrinhe a realidade de maneira menos volúvel e frouxa. Flacidez tem limites. O ser amorfo e despreceituado também. Preciso ter garantido um mínimo de razoabilidade e critério para garantir que bandido é bandido, democracia é democracia, erros são erros, ética é ética, política é política ou que representação política é representação política.

Se não sabemos ler a realidade, somos mais facilmente manipuláveis. A cegueira se instala. O que nos explicam do que existe passa a valer como o real. É o vale tudo e o salve-se quem puder. É o Irma se aproximando e cada qual fugindo como der e puder. Às cegas. Nossa intervenção exige uma minima orientação sobre o terreno que que estamos pisando e, nele, os seus elementos, forças e tendências.

Um idioma, um método, um mínimo de consenso - pelo amor de Deus!

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