quinta-feira, 11 de agosto de 2016


                                              

    
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A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
(escrito em 11/08/2016)

De que adianta tanta emoção, tanto choro - copioso e até sincero - de nossa parte, com a vitória da Rafaela, se cada um de nós voltar ao nosso cotidiano, indiferente ao que está acontecendo em Brasília com o conchavo - o maior já visto em nossa história - para sacramentar, com o nosso aval, silêncio e cumplicidade, o pior dos mundos em termos de políticas públicas para tantas e tantos da Silva que se espalham por nosso país?
Sabem quando - com nosso silêncio, cumplicidade e aval - o governico que estamos apoiando que permaneça dará chance a novas Rafaelas? Nunquinha!!!!!! Aliás, ele já está mostrando as suas afiadas unhas.
Com nosso aval, cumplicidade e silêncio estes tempos são tempos de outro tipo de criança, sabemos muito bem quais. As Rafaelas que se explodam! E nós, quietinhos, sem chorar nem rir. Assobiando, como se nada tivéssemos a ver com nada.
Acredito que o momento não é de pensarmos apenas no que significa a expulsão da presidente eleita. São tempos de verificarmos o que - com nosso silêncio, cumplicidade e aval - estamos chancelando para que fique.
Não adianta chorar e não fazemos nada para mudar. Choro sozinho é impossibilidade e culpa. Já choro e ação elimina o silêncio e joga a cumplicidade e o aval para escanteio, e com vigor.

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