quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Dois rabiscos sem nexo, logo de manhã
(10/8/2015)

Primeiro - A força da culpa atravessa o tempo sem dó nem piedade. A coisa é séria. Não é a primeira e com certeza não será a última vez que, ao me preparar para o prazer de uma última garfada, mordida ou gole, sou acometida de um impulso de me "sacrificar" e deixar o ansiado prazer irrealizado. Isso vem da adolescência e eu preciso me concentrar numa razão bastante séria para perceber a inutilidade e a irracionalidade da ideia que tenta impedir que eu venha a degustar a delícia à minha frente. E tem mais: o evento é mais provável de acontecer quando a guloseima é do meu mais intenso agrado. Formação religiosa mal introjetada (e distribuída) dá nisso. Num tempinho se aprende pra numa vida inteira se desaprender...

Segundo - Sair da mesa de café para ganhar de presente esta foto de Maya e Noah, dos sempre amáveis vizinhos Míriam e Hézio, é uma dose de valor em nossa crença no ser humano.


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