quinta-feira, 25 de agosto de 2016



         

          ESTAMOS INDO
(Escrito há um tempo e revisto e concluído no dia seguinte ao da morte de Luiz Carlos Aquino, meu amigo - 24/08/2016)
Bonde na Beira Rio, em minha cidade natal, Campos.
Naquele filme UMA LINDA MULHER, cujo autor do título em Português comete, no mínimo, uma baita injustiça com o poema em forma de gente que é a banda masculina do casal de protagonistas, num determinado trecho da película, quando os dois saem para um jantar, ainda na ida, a bela, garantindo desde logo o seu imenso agrado por tudo que ainda viria naquela noite, dirige-se ao belíssimo e, antecipadamente, agradece pela noite que apenas iniciava. É disso que me lembro, com muito frio, por fora e por dentro, quando vou vendo que minha geração vai encerrando sua participação neste intrincado enredo que é a vida. Muita gente querida pulando do bonde andando. Enquanto dá tempo e antes que eu me esqueça, adianto-me para fazer jus à boa educação recebida: "valeu muito ter tido e estar tendo cada um em minha vida. Até mesmo quem fez sinal para entrar e tornou o barco mais pesado de levar por entre as ondas do mar. Tudo e todos valeram e valem. Valem a pena e o gozo".
Estamos indo. Nos dois - ou mais - sentidos.

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