quarta-feira, 24 de maio de 2017

Interessante (ou engraçado)
24/05/2016
Tem pelo menos uns vinte e poucos anos que eu trabalhei com Luiz Raul Machado, querido amigo e autor de deliciosos textos para crianças, a começar pelo mais que delicado João Teimoso. Desde a leitura desse pioneiro, fiquei viciada em ler Luiz Raul e guardo aqui comigo cada uma de suas obras, hoje, arrumadas na mesa de Luna para quando ela vem alegrar algumas (sempre poucas) horas de meus dias. E foi lá atrás, por essa ocasião, que eu, ainda engomada no meu jeito de escrever, no convívio com a simplicidade do dizer do amigo escritor, fui começando a retirar as capas artificiais do meu dizer, buscando uma maior simplicidade na maneira de fazer sair as ideias de mim para o mundo.
Até hoje, a conquista da simplicidade é um desafio. Desafio muito difícil de alcançar. Luto com as palavras e nem sempre consigo me livrar dos longos parágrafos, recheados de vírgulas e que sempre poderiam ser menores. Os erros, os vícios, o jeito barroco e encurvado de traçar a escrita me perseguem e quase nunca dou conta de alcançar a suavidade que o jeito de narrar menos complexo favorece. Apenas uma conquista obtive e com relação a ela posso dormir tranquila: estou livre das mesóclises, tão artificiais quanto criadoras de um aparente (só aparente) acerto no dizer. Um alívio!


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