"O susto" (Ou "Chegou o meu dia")
7/5/2013
Pois é... fui dormir tão bem, após um domingo de alguma diversão e de intenso trabalho, preparando-me para esta segunda que já também me ocupa desde cedo, domingo tão agradável que até me permitiu brincar com o próprio caráter efêmero de minha existência, produzindo, como é do meu feitio, um pequeno texto postado aqui. Ou seja, estava eu com o meu bom humor me saudando como (quase sempre) de costume, e, eis que a vida caminha e, já começando a dormir, vem a surpresa desagradável bater à minha porta, para dizer o mínimo. Naquele estágio de dorme-não dorme, toca e telefone e uma voz de mulher, jovem, aos prantos, me conclama a ir salvá-la: "Mamãe, me sequestraram. Me salva". Faço silêncio, não por sabedoria ou coisa que o valha. Pura intuição, instinto, algo do gênero. Entra a voz de um homem e me ameaça ("Vai ficar quietinha? Não vai dizer nada? Traz a moça aqui, cara, vamos matá-la"). Meu silêncio permanece, até a decisão, segundos após, de desligar o telefone. Felizmente, a voz da mulher era bem diferente da de minha filha. E se fosse parecida? Minha valiosa intuição que sempre tem me salvado, funcionaria? Aí, foi a vez de eu dar um susto na filha, em sua casa, já adormecida. Ligo e constato que estava sã e salva. O sono custou a ser alcançado, mas veio. Ele sempre vem e isso é bom demais.
Viver é mesmo cada vez mais ir aproveitando o que cruza de bom o nosso cotidiano. Ou melhor: até mesmo olhar com uma visão benfazeja para o que ainda não se apresenta como agradável, mas que na relação conosco, pode-se tornar uma grata experiência. Não chega pronto, depende, um pouco que seja, de nós. É, amigos, as rasteiras estão à espreita. Ainda bem que não apenas elas...
BOM DIA!
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