domingo, 7 de maio de 2017




PROFESSORA, SIM, ... MAS QUEM CHAMOU?
5/5/2015


Não sei que mania é esta - só pode ser coisa de professora aposentada - E PRETENSIOSA! - de tudo quanto é descoberta que faço enquanto vou vivendo, sentir-me no impulso de compartilhar, como se houvesse uma tarefa a cumprir. Se eu descobri, que chegue ao mundo! No final, quase não resta nada que seja de meu domínio estritamente privado. Se não me cuido - e muito! - até minhas declarações de amor escapam por aqui... Ás vezes chega a ser lamentável! Só dou de banda mesmo porque com a idade que aproveito, não tenho mais tempo para essas bobagens do que pode ou não ser ridículo.
Seguinte: trabalhar, mas com a minha natureza a me empurrar cada hora prum canto, demora mais. É mais rico, mas leva muito mais tempo. Não sei se é melhor ou pior. Mas é mais vivo. Sendo assim, o resto que se dane! Na verdade, esta minha multiplicidade me consome: pela janela, a me convidar de vez em quando o olhar para fora, está a Serra da Tiririca, hoje verdinha da silva, com a chuva que caiu, intensa. A janela está bem aqui, não perco tempo - vou lá e olho, e penso, e sinto, e cheiro. De outro lado, chega um aviso de uma nova mensagem no Face. Lá vou eu, paro a minha leitura entre um e outro parágrafo, leio a novidade e ainda dou uma passeada pelas informações mais visíveis. A Política é outra paixão e não me deixa incólume: leio, reflito, imagino, tranço.... Não duvidem, se a partir de uma notícia daqui eu não saia marcando uma reunião para que possamos dar conta de entender a conjuntura. É como se o mundo - seus temperos, suas agonias e suas iniquidades - fosse meu senhor a me exigir gestos, atitudes, providências. Sem stresses mas indo adiante. A sensação de pertencimento me domina. E, se pertenço, estou com.
E há, ainda, o que vai surgindo do próprio trabalho, que logo eu quero dividir com mais alguém, como se o mundo dependesse de minha colaboração para seguir adiante. Uma presunção sem tamanho e explicação! É o caso de um novo sentido que eu desconhecia - escravos de eito - que acabo de ler num texto científico que revejo e que eu logo imaginei tratar-se de um erro de digitação para falar das escravas de leito, por tudo que sabemos das mulheres negras que "serviam sexualmente" a seus senhores. Fui em busca de informação e, diante da surpresa a respeito, divido com os amigos - "escravos de eito" eram escravos do campo, ou seja, que trabalhavam na lavoura, diferentes dos "negros de ganho”, que trabalhavam nas cidades.
Poderia não dividir com vocês? Se eu não sabia, alguns poderiam também não saber ainda.
Mas, vale a pergunta: alguém me chamou? Pediram a minha opinião? Não! Mas, sem pedir licença, cá vim eu. E volto a ler o tal texto. Que, aliás, está super interessante. Alguma nova descoberta farei mais adiante, por certo. Além de ganhar meus trocados...

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