Bartolomeu Campos de Queiros, que divide com José Américo Pessanha, o par de pessoas que mais amei ouvir na minha vida. Uma pessoa realmente linda!
(Relido e publicado no Facebook em 4/09/2015)
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Bartolomeu Campos de Queirós de novo, agora sozinho, sem
nenhuma imagem para desviar nossa atenção:
"Uma palavra é capaz de desenrolar uma conversa. Escrever me pareceu também um jogo. Escrever é, de repente, se espantar ao descobrir que também as palavras falam. E eu, menino, brincava de libertar: (...)
Nenhuma palavra vive sozinha. Toda palavra é composta. Se escrevo mar, nessa palavra rolam ondas, viajam barcos, cantam sereias, brilham estrelas, algas, conchas e outras praias. Se digo pai, é aquele que me ama ou aquele que não conheci ou aquele, ainda, que me abandonou. Toda palavra brinca de esconder outras palavras. Quando se lê uma palavra, o coração escreve mais outras. Escrever é escutar a palavra e registrar o que ela nos pede. É a palavra que nos inscreve."
"Uma palavra é capaz de desenrolar uma conversa. Escrever me pareceu também um jogo. Escrever é, de repente, se espantar ao descobrir que também as palavras falam. E eu, menino, brincava de libertar: (...)
Nenhuma palavra vive sozinha. Toda palavra é composta. Se escrevo mar, nessa palavra rolam ondas, viajam barcos, cantam sereias, brilham estrelas, algas, conchas e outras praias. Se digo pai, é aquele que me ama ou aquele que não conheci ou aquele, ainda, que me abandonou. Toda palavra brinca de esconder outras palavras. Quando se lê uma palavra, o coração escreve mais outras. Escrever é escutar a palavra e registrar o que ela nos pede. É a palavra que nos inscreve."
(Trecho retirado de: Bartolomeu Campos de Queirós. Para ler em silêncio.
SP: Moderna, 2007).
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