INCOMPETÊNCIA, CADA QUAL TEM A SUA
(Escrito em 24/09/2013)
Hoje, voltei pra minha “roça” com o firme propósito
de passar no mercado e comprar frutas (Huuum, encontrarei pinhas tão boas
quanto da última vez?), talvez alguns legumes, um sabão mais barato para lavar
o chão lá de fora, sem falar daqueles inesperados acréscimos que minhas mãos,
na mais deslavada gulodice fossem buscando nas prateleiras, o que é sempre
certo de acontecer. Doces não posso, mas cato todas as paçocas e pés-de-moleque
diets que os “glicosados”, como eu, podem aproveitar enquanto esperam o final
de semana capaz de trazer alguma alforria quanto a açúcares e aparentados.
Alforria, diga-se de passagem, decretada por mim mesma, em minhas próprias
negociações com a vida...
Pois bem, já no caixa, um tanto irritada, coisa que
não é do meu feitio, pelo contrário - eu que já quase estou puxando conversa
com guarda de trânsito (e tenho ojeriza a fardas de quaisquer tipos) -, pois me
vejo com o carrinho quase vazio de grande parte das compras programadas como
necessárias. Deliciosos queijinhos, sim, estavam lá, aquele jamon crudo, de
minha paixão, certo, estava no canto, os tais diets, alguns até desconhecidos e
com aparência de apetitosos, também diziam presente ali do lado esquerdo... Mas
e as frutas e os legumes? Apenas duas batatas doces e uma bela penca de
bananas. E prata, as da terra ficaram para trás! E SÓ!
Muita irritação! Hoje, sozinha, não houve jeito de
abrir aqueles infernais saquinhos de plástico transparente para colocar cada
hortaliça, legume ou fruta que eu escolhia. Por mais que eu os esfregasse com
as mãos, com os dedos, em cada extremidade, no meio, de um lado ou de outro,
amassasse-os – com maior ou menor vigor – NÃO CONSEGUI ABRIR AQUELES INFELIZES,
que permaneceram irritantemente colados, sem abrir a boca, pirracentos, diante
de quaisquer de meus inúteis esforços. E eu que sou jeitosa com as mãos –
conserto tomadas, faço embrulhos com um certo charme, até mesmo uma
enceradeira, no tempo em que dela nos servíamos, já dei conta de colocar para
funcionar... Mas, não há jeito: tricô, crochê e, hoje, mais uma vez confirmado,
abrir saquinho plástico – são tarefas acima das minhas habilidades manuais...
ARGH!!!!!!!!!
Depois, uns e outros me acham gastadeira por pedir
por telefone ou pela internet, pagando muito mais, é óbvio, tudo aquilo que pode
deixar a minha geladeira abastecida. Fazer o quê, amigos? Não consigo! Vocês
conseguem? Qual é o mistério?
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