É O QUE É
(Escrito em 8/09/2013)
“Acredito no tempo
O tempo é nosso amigo, nosso aliado,
não o inimigo que traz as rugas e a morte.
O tempo é que mostra o que realmente
valeu a pena, o tempo nos ensina a esperar,
o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida”.
Caio Fernando Abreu
não o inimigo que traz as rugas e a morte.
O tempo é que mostra o que realmente
valeu a pena, o tempo nos ensina a esperar,
o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida”.
Caio Fernando Abreu
Hoje, mesmo sendo domingo, foi dia de intenso trabalho. Pausa mesmo, só a da hora do almoço, para um delicioso risoto à italiana, daqueles, especiais, e o já tradicional e reconfortante soninho de depois. Após isso, novamente vencer prazos e escrever o necessário para amanhã – tomara! – ter um tempinho de pegar o sol do qual hoje me esquivei.
A noite chega, termino a tarefa, texto concluído na tela, mas o coração está apertado, esquisito, meio aflito. O meio do peito está quente, estranho, pulsando.
Este espaço é sempre utilizado por mim para o que minha vontade determina: em geral, textos que saem espontaneamente de meus sentires, de minhas pensatas, para muitos talvez inexplicáveis, mas para mim libertadoras, constituintes mesmo de meus passos do agora para o depois, sempre conquistados à base de escolhas, das mais sensatas às mais intempestivas, mas todas legítimas, determinadas por uma força salvadora, vinda não sei de onde, mas que sempre me resguarda.
Neste tempo do meu primeiro semestre de franca tristeza e baques na saúde, felizmente superados!, quando voltei à tona e me vi de volta aos ares de quem olha e vê, observa e crê, avalia e sente, tenho exposto mais vivamente aqui, nos meus escritos, momentos de leveza e de bom humor. Relatos de encontros, histórias de amigos, minhas próprias rememorações, coisas assim... Hoje não sei o que passa. Uma certa tristeza toma conta de mim. Não que a tema. Viver é isto mesmo – viver com intensidade o que chega – de bom e de ruim, sem temores. Não há que se abafar, se fazer de conta, é enfrentar a fera, olho no olho. Na verdade, creio que o fato de saber como são efêmeros os fatos de nossa vida, não retira de mim a saudade pelo que deixei pra trás. Hoje estou triste. Agora, estou triste. Com certeza porque me deparei com o poema de Caio Fernando e ele me faz pensar no que vivi, no que deixei de viver, na verdade que sempre foi e será verdade e na impossibilidade de, por mais verdadeiras que tenham sido algumas circunstâncias do passado, tentar revivê-las é exercício inútil, pois que se trata de tentar colocar de pé algo já morto. Foram vivas um dia, hoje de vivas apenas as lembranças. O tempo realmente acaba com a dúvida. O que foi verdadeiro, sempre será. Mesmo que continue sendo passado. Então, é isso e aquilo – é o que foi e é o que deixou de ser.
Um filminho na TV talvez acalmasse meu coração inquieto. Tenho alguns aqui, ao meu dispor. Seria escolher um deles e deitar para assistir. Quem sabe o sono poderia vir e algum sonho romântico me acometeria lá pela madrugada?
Que nada! Não vou tapear nada, acho que vou mesmo é ver algumas fotos de uns bons tempos já idos, antes de ligar a TV ou dormir. Huuuum, e já está dando certo: só em pensar nesta saída, já percebo um sorrisinho no canto dos lábios. Aí, sim, dá pra pensar que uma boa noite de sono e sonhos vem pela frente.
Boa noite!
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(Escrito em 8/09/2016)
Nossa mãe! Lá se vão três anos e permaneço fiel ao que escrevi e senti há três anos. Simplesmente porque ainda sinto e guardo. Não gosto de afirmações dogmáticas - já vivi o suficiente para saber que, diante de ventos mais fortes e inesperados, eles podem se quebrar ao dar com a cara no chão da vida - mas quase afirmo que este escrito tem um valor perene, uma validade permanente. A ver...
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(Escrito em 8/09/2016)
Nossa mãe! Lá se vão três anos e permaneço fiel ao que escrevi e senti há três anos. Simplesmente porque ainda sinto e guardo. Não gosto de afirmações dogmáticas - já vivi o suficiente para saber que, diante de ventos mais fortes e inesperados, eles podem se quebrar ao dar com a cara no chão da vida - mas quase afirmo que este escrito tem um valor perene, uma validade permanente. A ver...
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