segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Para Joana Duarte, com muito amor

Jojô comigo no dia de sua formatura
Orgulho, alegria, realização

Eu já sabia que a opção dela era fazer este trabalho de conclusão de curso na UFRJ (Comunicação Social): um livro infanto-juvenil que mostrasse uma segunda versão do ensaio "Body ritual among the Nacirema", de Horace Miner, no qual nós, americanos, somos apresentados em nossas idiossincrasias, provocando um estranhamento hipoteticamente vivido por quem não nos conhece e se depara com nossos hábitos no cotidiano.

Já quando soube da sua intenção, o entusiasmo tomou conta de mim e caí de elogios sobre aquela que, para mim, ainda não se desgrudara da imagem de uma menininha suave, discreta e adorável. Mas, reitero, apenas uma menininha.

Ontem, a minha querida sobrinha-neta Joana Duarte, neta de Uzinha, minha querida irmã, me trouxe a OBRA, a meu pedido, para que eu usufruísse a beleza do seu feito. Em torno de uma mesa de lanche, bem simples, de final de domingo, uma cuca de banana, um café preto, uma pequena porção de pães franceses quentinhos e algumas torradas cobertas de uma deliciosa mistura, que viria a ser recheio de algumas empanadas a serem feitas por Martin Lozza, aqui mesmo, na cozinha de casa, lugar oficial das conversas com quem chega, alongamo-nos em trocas afetivas, ela, seus pais e irmão, e eu. Tudo quentinho como o pão servido.

O livro, guardei para ler depois, sozinha. E foi o que fiz antes de dormir e refiz hoje cedo. A história dele, o seu conteúdo, a sua trajetória eu já conhecia. Mas, foi impactante a beleza do que vi. Que trabalho esplêndido! Que ideia fantástica teve a nossa Jojô! O trabalho do ilustrador Vinícius Gerhein também é magnífico. Muita beleza de uma vez só!

As "nossas crianças" são assim, surpreendentes. Fico a imaginar que, como insistimos em considerá-las e percebê-las como miúdas, balbuciantes em seus saberes, iniciantes em suas construções nesta vida, um dia elas nos arrebatam com algo seu, um feito de gente que cria e que tem a dar ao mundo. Foi o que Jojô, a mulher Jojô, me proporcionou, colocando-me a nocaute em minha capacidade de enxergar a sua evolução, competência e criatividade.

Minha querida, Jojô, como em sua geração, os fatos para existirem de fato precisam ser registrados, divulgados, anunciados, aqui vai, para o distinto público, o meu enorme orgulho por você caminhar como tem caminhado e vir crescendo neste seu lindo caminho.

Gratíssima por viver este momento, minha querida! Parabéns a você e à sua família - Henrique Portella Duarte, Maria Rosane Pessanha e Mateus Ribeiro -, com certeza, os pares que facilitaram o seu florescimento como pessoa de inestimável valor.

Tia Lulu

Nota final: precisamos encontrar uma forma deste exemplar ser publicado, pois as coisas boas precisam correr o mundo. Guardar só com a gente é "pecado".

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