"É preciso viver tristeza para ter alegria."
(Wellington Nogueira - Coordenador da ONG Doutores da Alegria, ator e palhaço)
Creio que não foi à toa que, ao ler a edição virtual da FOLHA de SP, dei com esta frase, que abre a entrevista feita com o Wellington. Ah, não foi, não. Só pode ser uma destas peças que a vida coloca em meu caminho para me ensinar alguma nova traquitana para bem cruzar o meu viver. É que desde ontem estou com uma viva tristeza no meu coração. Intensa até dizer chega. A chuva parece que facilita, amplia as brechas para que venham se achegando e tomando assento as saudades que mostram-se mais tíbias em dias menos escuros. É, mas nisso há um certo engano. Não é só artimanha da chuva, não. Tem dias ensolarados que por dentro de mim também chove a cântaros. É da arte intrincada da vida mesmo. Chova ou faça sol, com ou sem neblina, protegida ou não por guarda-chuva ou capa, por mais requintada que seja, sob lençóis perfumados ou a mais aquecida manta de pura lã, tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Ou, o que é pior ainda, sentindo falta física de quem partiu ou morreu.
Retorne, ALEGRIA, reapareça, dê sinal de vida, pois que a TRISTEZA já está se encompridando demais, parece até a Guerra dos Cem Anos, longa como ela só, a ponto de ter mais 16 anos do que o seu próprio nome indica!
Huuuuum, peguei pesado. Exagerei? Pois é, bem sei. Mas é um dos meus males quando escrevo. Vale buscar o que for para encaminhar o que vou espichando do assunto. Vale para o escrito e para minha salvaguarda. É o mal e o bem que, comigo, vivem entrelaçados. Pronto! Virei o disco. Já ri de mim. Guerra dos 100 anos é piada. Até grosseira. Coisa de pescador mentiroso. E esse é o melhor recomeço para a minha porção que aproveita a batata que é o meu nariz e tasca uma bola vermelha na ponta - redondinha - e pisca pro espelho, já ensaiando um leve sorriso...
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