Em 18/11/2013
SERÁ QUE CONTA?
Finalmente, descubro o motivo de detestar exercícios físicos
de toda e qualquer natureza. No máximo, cuido de dar umas balançadinhas dentro
da piscina para me tranquilizar, de uma certa forma, de que estou exercitando
os músculos, como tanto se recomenda fazer. E ponto final. Corpo foi feito para
outros movimentos, não esses! É que, eu acordo tão cansada depois dos sonhos
que tenho, que já não consigo dar mais um passo.
Esta noite foi bem assim. Andei durante horas por um castelo
medieval, cujos labirintos eram tão estranhos e intermináveis que não sei como
dei conta. Fosse na vida mesmo, teria pedido pinico. Era como a cidade sagrada,
com jardins imensos e com prédios e mais prédios, separados por centenas de
metros, que eu percorri a pé, sem entender como e porquê. Uma igreja enorme
também fazia parte do percurso, havia freiras (terá algo a ver com o
Auxiliadora e o próximo encontro do cinquentenário de formatura?), e as
construções possuíam escadas altíssimas e corredores sem fim, tudo isso
percorrido durante as minhas horas de sono. Uma brabeza.
Eu bem que já propus à minha analista parar de clinicar e
ganhar dinheiro com a interpretação dos meus sonhos. Eles são diários e me
fazem pensar. Muitos deles são digitados para eu não esquecer e sempre têm
significados, criados por minha própria conta e risco, que me auxiliam demais
no desenho dos próximos passos que dou até dormir novamente. E sonhar, por
suposto.
Mas, hoje, o significado parece ser bem mais simples e menos
ligado às coisas da alma. É do terreno das coisas do corpo mesmo: meus esforços
noturnos são tão intensos que de dia, à luz do sol mesmo, de olhos abertos, não
há porquê fazer mais nada em prol de pernas, braços ou o que o valha. Minha
produtividade se estende às noites também. Talvez eu não me dê o direito de
descansar nem enquanto o corpo faz de conta que descansa enviesado na cama.
Tomara Deus que meus músculos ganhem com tamanho sacrifício!
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