quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Em novembro de 2013

Da ordem da aversão a exercícios físicos

Hoje vou pra piscina sem nem precisar me preocupar com nenhum esforço a mais. Primeiro, porque acordei de um salto, mordida por uma bimbinha, que me fez pular de dor. Morar na roça tem destas coisas: tem o verde, o silêncio, a amplidão, mas também insetos e alguns outros representantes da fauna, sempre por perto, eles que vão ficando cada vez mais acuados diante de nossa presença, a dos ditos humanos. A janela da cozinha, por exemplo, não pode dormir aberta. Macaquinhos estão sempre à espreita para dar conta de algumas bananas. Logo: por minhas contas, pelo menos 1 km a menos de qualquer possível caminhada, mesmo dentro da água.

O segundo motivo para eu apenas ficar lendo (fui ao lançamento ontem e estou doida para começar a ler O bibliotecário do rei, de Marco Lucchesi) é que no sonho desta noite eu simplesmente tive que fazer esforços impensáveis para tomar banho num box onde havia um vaso sanitário. Ou seja, além do esforço para entender o porquê do lugar da limpeza estar junto daquele outro que possibilita a limpeza de nosso organismo - e haja reflexão! Minha adesão à dialética não precisaria me levar à tamanha contradição! - além desse esforço intelectual e emocional, há ainda o físico, porque tive que me retorcer tal qual uma cobra peçonhenta (1)- para conseguir me safar do vaso em busca da água higienizadora. Portanto: posso ficar, também por minhas contas, sem nenhum exerciciozinho. É só mesmo gastar energia com o impulso do mergulho. Depois, só leiturinhas, ao sol. Nada melhor!

(1) Não resisti a qualificar a cobra de peçonhenta, em homenagem a um ex-companheiro que, com raiva de minha pessoa - felizmente hoje creio que superada -, associou meu sobrenome pessanha à peçonha das piores víboras venenosas...

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