quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Lagoa de Itaipu, em domingo de sol.
Em 28 de maio

Olin e Neymar - dois meninos num mesmo domingo de sol

Domingo passado foi dia de Ólin e de Neymar. Neymar dá pra entender: despedida de menino pobre, artista mais do que nobre da bola, realizando o sonho de ir jogar no Barcelona, rico, riquíssimo e fazendo o que mais ama na vida – jogar futebol. Esperança para milhares de outros meninos brasileiros, ídolo de todos nós que nascemos e crescemos val...orizando aqueles movimentos corridos e espetaculares num campo de grama verde, de um time contra outro, com seus atletas atrás de uma pelota, até a glória dos gols que nos fazem vibrar quando a rede balança, antes de acolhê-la a seus pés.
Claro que o exagero do valor de mercado do tão querido atleta também daria para gerar um artigo, até um ensaio ou qualquer outro estudo acadêmico de maior fôlego, tamanha a desproporção do que a ele é oferecido como moeda de troca pelos seus passos futebolísticos. São tantos e tão incalculáveis euros, cujo contraste em relação ao valor de mercado dos simples mortais que o apreciam é tão distante que mereceria, sim, um entendimento mais preciso acerca do assunto, como a justificar tamanho desvario. Mas, o menino Neymar, pelo menos, ganha o que ganha em função de seu trabalho e de uma dedicação intensa ao desenvolvimento de seu talento nato.
Mas e Olin? Por que esse menino foi chamada da primeira página do GLOBO e capa da Revista desse jornal, no último domingo? Qual a justificativa para tal escolha? Por que tudo o mais foi deixado de lado para que o namorado de uma “gostosona” (como afirma o próprio jornal), de vida de estudante tão reprovável, como é narrado na matéria, de vida de empresário totalmente mal sucedida (ganha 20 mil e gasta 30 mil a cada contrato), fosse assunto prioritário? Em que ele merece ser valorizado a tal ponto? E como entender o discurso que o apresenta como o outro (o bom, será?) filho do Eike? Está aí subentendido que o outro irmão, o do atropelamento, merece ser deixado de lado, “mal visto” como está, para que se valorize o mais novinho do casal Luma /Eike? (Aliás, lindíssimo como a mãe!).
Da leitura de jornais do último domingo, a capa e a matéria a ela correspondente na Revista O GLOBO me deixaram realmente pasma! Busquei sentido e ainda estou à cata do que querem que eu leia e entenda a respeito. Fiquei, de saída, lamentando o quanto ficou como o componente mau da prole do casal o que não foi capa. Fiquei até com pena do rapaz. Mas isso é pouco. Preciso que me ajudem a ler melhor o que li! Por que motivo o garoto filhinho de papai, de comportamento tão reprovável foi valorizado a tal ponto? Quais silêncios estão presentes naquelas palavras e fotos? O que desejam que nossos jovens leiam e entendam a respeito do menino que tem direito até a dizer como seu nome de batismo deve ser pronunciado?

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