segunda-feira, 4 de julho de 2016

APONTAMENTOS MÍNIMOS
(Rearrumados no dia 4 de julho de 2016)

Pintura de Olbinsky


APONTAMENTO 1 - Uma coisa de cada vez


São destas coisas que a gente vai aprendendo pela vida afora: não adianta estar com uma amiga em casa num excelente papo de fim de tarde, tomando um chocolate quente, na cozinha, e outra pessoa, também amiga, telefonar para trocarmos algumas ideias e afetos pelo fio aglutinador e me deixar levar pela falta de jeito de interromper a conversa que mal se inicia. É uma coisa de cada vez para ser bem feita. Novinha, dentre as tantas coisas que não sabia, estava esta – a de que seria “desagradável” pedir licença para conversar mais tarde. Hoje, já "mocinha" e querendo fazer as coisas de um jeito mais amoroso, com a voz mais carinhosa e honesta do mundo, antes que a conversa telefônica pegue pé, eu peço licença, explico a situação, e volto a ligar mais tarde. Bom para todo mundo. Respeito é bom e todos nós gostamos. 




Pintura de Olbinsky


APONTAMENTO 2 - Dia seguinte de dia feliz

É dia de andar pela casa, juntar coisas ou não arrumar nada, recolocar objetos ou deixá-los onde estavam, sorrir revivendo a alegria vivida, relembrar momentos, deitada, caminhando, tomando sorvete ou simplesmente em pé na porta da cozinha olhando pro céu. Se a alegria veio acompanhada de excessos de docinhos ou vinho, um descanso a mais é bem-vindo e o corpo agradecerá. O coração também, por suposto, exige um certo silêncio e horizontalização do corpo pois amar é emoção das boas e força-nos a olhar para fora e para dentro, simultaneamente, o que é exercício que exaure, de uma certa forma...  A cama costuma ser excelente companheira em casos de ressaca amorosa. 

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