sábado, 28 de novembro de 2015

Para Uzinha

Nós duas em Buenos Aires. Viagem inesquecível. Mais do que um presente para ela, uma dádiva para mim.




(escrito em 27/11/2014)

Campos, em uma semana, a segunda vinda. O fim das coisas.  O fim das histórias.  O fim das pessoas. Este, sim, o que traz a marca do fim derradeiro e corrosivo. As coisas que findam abrem frestas para o que virá.  As histórias,  por sua vez, quando esgotadas e sugadas até o último caldo, já grosso de tantos resíduos esparramados no fundo da alma, libertam aquele que as sonhou diversas do real. Ah, mas o fim das pessoas amadas, ah, esse, sim, sempre escurece o olhar, recolhe a alegria e deixa dolorido o corpo que pressente tempos de saudade.

Minha irmã, aquiete-se! Desfranza a testa. Durma em paz. Sonhe com todas as boas obras que você espalhou em sua  vida. E, sem alarde, até mesmo por sua conhecida timidez. A sua imagem e a sua história são muito maiores do que o seu corpo miúdo que dormitava, cansado, hoje,  naquela cama de hospital. 

Até amanhã!

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