sábado, 28 de novembro de 2015

SERÁ QUE CONTA?

(Escrito em 18/11/2013)

Finalmente, descubro o motivo de detestar exercícios físicos de toda e qualquer natureza. No máximo, cuido de dar umas balançadinhas dentro da piscina para me tranquilizar, de uma certa forma, de que estou exercitando os músculos, como tanto se recomenda fazer. E ponto final. Corpo foi feito para outros movimentos, não esses! É que, eu acordo tão cansada depois dos sonhos que tenho, que já não consigo dar mais um passo.

Esta noite foi bem assim. Andei durante horas por um castelo medieval, cujos labirintos eram tão estranhos e intermináveis que não sei como dei conta. Fosse na vida mesma, teria pedido pinico. Era como a cidade sagrada, com jardins imensos e com prédios e mais prédios, separados por centenas de metros, que eu percorri a pé, sem entender como e porquê. Uma igreja enorme também fazia parte do percurso, havia freiras (terá algo a ver com o Auxiliadora e o próximo encontro do cinquentenário de formatura?), e as construções possuíam escadas altíssimas e corredores sem fim, tudo isso percorrido durante as minhas horas de sono. Uma brabeza.

Eu bem que já propus à minha analista parar de clinicar e ganhar dinheiro com a interpretação dos meus sonhos. Eles são diários e me fazem pensar mais do que o necessário. Muitos deles são digitados para eu não esquecer e sempre têm significados, criados por minha própria conta e risco, que me auxiliam demais no desenho dos próximos passos que dou até dormir novamente. E no sonhar, por suposto.

Mas, hoje, o significado parece ser bem mais simples e menos ligado às coisas da alma. É do terreno das coisas do corpo mesmo: meus esforços noturnos são tão intensos que de dia, à luz do sol mesmo, de olhos abertos, não há porquê fazer mais nada em prol de pernas, braços ou o que o valha. Minha produtividade se estende às noites também. Talvez eu não me dê o direito de descansar nem enquanto o corpo faz de conta que descansa enviesado na cama.

Tomara Deus que meus músculos ganhem com tamanho sacrifício!

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